segunda-feira, 1 de abril de 2013

Super Nanny neles!



Numa das minhas constantes idas ao supermercado, já vi muita coisa, mas pude presenciar uma cena que me fez refletir. Ela tinha apenas uns três anos e batia o pé no chão, gritando, chorando, pedindo por um chocolate que a mãe não queria (ou não podia) dar. A mãe, constrangida, fazia ameaças à criança para que ela se calasse, mas acabou se rendendo ao capricho da filha.

Que isso minha gente? Uma criança de três anos manipulando a mãe dessa maneira? Na minha época, eram os pais que nos manipulavam para que fizéssemos a vontade deles. E sempre funcionava. Se eu fizesse pirraça no supermercado, bastava a minha mãe dizer “vou te deixar aqui sozinha, heim”, que eu engolia o choro na hora. E só quem já engoliu choro na vida sabe como isso é horrível.

Outra cena, dessa vez em minha própria casa, também me deixou revoltada Estávamos preparando o almoço (se é que lasanha congelada pode ser considerada um almoço decente), quando meu primo de sete anos fez beicinho e disse que não ia comer. A mãe dele perguntou o porquê, e fomos obrigadas a ouvir como resposta: “Ah mãe, essa lasanha não é da Sadia”.

Como assim ele não queria comer a lasanha porque ela não era da Sadia? Tá certo, eu assumo que a lasanha da Sadia é a melhor que tem, mas quem ele pensa que é pra ser cheio das vontades? Ele só tem sete anos!  Eu só pude ter essa regalia quando já era bem mais velha. A minha vontade no momento era de enviar um e-mail para aquele programa de TV no qual a babá (Cris Poli) é requisitada para educar as crianças, chamado Super Nanny. Aposto que, rapidinho, ela ia dar um jeito no garoto e na mãe dele. Na mãe sim, porque se ele é mimado é porque ela o mimou. Também quis chamar a mãe dele num canto e conversar, mas achei melhor não. Quando tiver os meus filhos, vou educá-los da minha maneira. Afinal, ninguém pode interferir no jeito que uma mãe cria seus filhos. Só a Super Nanny.

Na minha época (não que eu seja tão velha assim), “o buraco era mais embaixo”. E ai de mim se sobrasse comida no prato. O cinto do papai estava ali do meu ladinho. Calma gente, não sou a favor de espancar a criança para forçá-la a comer. Mas também não sou a favor da Lei da Palmada. Só que isso já é outra história.

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