"Como você pode fazer isso comigo, Carolina?" Eu não sabia mais o que falar, só queria acabar com tudo aquilo logo e ir pra casa. Como eu deixei a situação chegar a este ponto, não sei, só sabia que queria fugir. Sumir. Quanto mais rápido, melhor. De repente, acordei e não queria mais vê-lo. Eduardo não era mais a mesma pessoa do início do nosso relacionamento. Eu também não era. Mas naquele momento eu não tinha resposta para ele. Eu só conseguia pensar que queria ser aquela pessoa de novo. Voltar a correr riscos, voltar a sair com meus amigos, voltar a ser eu mesma. E terminar com Eduardo me parecia o caminho certo para me reencontrar.
"Mas você prometeu que seria pra sempre", ele me disse. "É, mas o 'pra sempre' sempre acaba", pensei. Não sabia o que falar. Como você diz para uma pessoa que não gosta mais dela? "Acabou"? A intensidade dos beijos, a expectativa para o programinha do fim de semana, os "eu te amo" simplesmente diminuíram gradativamente na medida em que aumentaram as brigas e os desentendimentos.
Algum tempo se passou e eu ainda penso na minha resposta para ele. Por mais que eu tente, não consigo formulá-la. O sentimento simplesmente se foi. Um amigo me disse que para essas coisas não há explicação. "Ninguém manda no próprio coração. E nenhum relacionamento dura para sempre. Ele vai acabar seja pela distândia, desamor ou morte." Aquilo não me convenceu de todo, mas, subitamente, parei de procurar a resposta de Eduardo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário